O secretário municipal de Saúde, Carlos Otávio Sant’Anna, participou da sessão Legislativa no dia 07 de março para prestar contas das ações da secretaria desde o momento em que assumiu o cargo, em agosto de 2011, até o ano de 2012. O secretário agradeceu a rapidez com que a Câmara Municipal recebeu e marcou a data da apresentação. “Nós temos o dever de trazer a esta Casa, à população, o raio X da saúde de Teresópolis. A gente vai dizer o que melhorou e o que está ruim. Vamos dar um norte para fazer as alterações necessárias à continuidade do processo”, afirmou.
O estudo foi feito pela equipe da secretaria de Saúde e faz parte do sistema oficial de informações do Ministério da Saúde. Carlos Otávio ressaltou a evolução dos recursos nessa área, principalmente no pagamento de serviços hospitalares de média e alta complexidade. “Quando a gente assumiu tinha um financiamento de R$ 1 milhão 960 mil. O repasse referente ao mês de fevereiro em 2013, foi de mais de R$ 2 milhões 860 mil. “Nesse período não houve acréscimo na tabela SUS. A diferença desses valores se dá em produção, ou seja, mais serviços ofertados. O Ministério da Saúde hoje repassa para Teresópolis uma quantidade maior de recursos, porque a cidade está fazendo mais atendimentos”, argumentou o secretário.
Em gráfico, Carlos Otávio mostrou o mapa do atendimento médico na cidade, um resultado positivo do que chamou de “trabalho na estrutura, base da saúde, que dificilmente a população vai perceber. “Em momento nenhum a gente veio aqui dizer que a saúde de Teresópolis está maravilhosa. A gente tem que melhorar muito a nossa saúde, estou mostrando um quadro evolutivo. Do momento em que nós assumimos, quais foram as ações, e como evoluiu o quadro”, explicou.
Em relação à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Carlos Otávio comemorou o fato de a UPA agora ter uma equipe completa. O secretário disse que precisa avançar muito na Unidade, há reclamações com relação à infra-estrutura do local. “Quando o usuário vai à UPA a equipe está lá, a gente tem equipe completa em praticamente todos os dias da semana. Ampliamos a capacidade de atendimento em 25%.” O secretário concordou que o tempo de atendimento ainda é lento, mas criticou a fragmentação do atendimento na atenção básica, o que sobrecarrega a Unidade e disse que está investindo em saúde da família com 16 equipes que atendem a cidade. “Não existe nenhuma equipe sem médico”, afirmou Carlos Otávio. Para o secretário, é fundamental que as pessoas utilizem a ouvidoria para que a secretaria conheça as dificuldades do dia a dia.
Acompanharam a apresentação, a secretária de Desenvolvimento Social, Maria das Graças Granito dos Santos, o secretário de Planejamento e Projetos Especiais, Luiz Fernando de Souza Filho, e o secretário de Orçamento Participativo, Avenir Correa de Lima.
Depois da apresentação, o secretário foi sabatinado pelos vereadores, que abordaram temas importantes
Vereador Dr. Antônio Francisco: Existe a possibilidade de retornar os 40 leitos do HCT (referente ao número de leitos fechados em decorrência da instalação da Unidade de Pronto Atendimento - UPA)?
Secretário Dr. Carlos Otávio: Não vislumbramos esta possibilidade. O espaço físico do HCT foi redesenhado, utilizado para outras finalidades e que não podem agora ser convertidos em leitos. Com a inauguração da maternidade prevista para o final de 2014, talvez abra um espaço que possa ser convertido em leitos. Seria o sonho de qualquer gestor. A UPA é um serviço que vem para fazer parte do sistema, não é substitutivo, ela amplia o sistema. O entendimento, quando implantaram a UPA em Teresópolis, é que era substitutiva, logo fecharam a emergência no HCT. Fecharam 40 leitos e botaram a UPA substituindo. Isso é um erro primário de implantação da UPA.
Vereador Dr. Antônio Francisco: Como fica a situação da maternidade no Hospital Beneficência Portuguesa?
Secretário Dr. Carlos Otávio: No mês de novembro de 2012 a Beneficência entregou uma solicitação de descredenciamento da maternidade. Nós convencemos que existe viabilidade no serviço e revisamos uma maior retaguarda da UPA. Não vai ser fechada a maternidade. Quero agradecer a ajuda do Dr. Antônio Francisco que sugeriu a utilização do Provab, instrumento que ajudou a contratar médicos com custos mais baixos para o município. Garantimos sete médicos.
(O que é o Provab: O governo federal lançou, em setembro de 2011, o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), através da Portaria Interministerial 2.087/ 2011 de 02.09.2011. O objetivo é levar médicos, cirurgiões dentistas e enfermeiras para municípios que têm dificuldade de contratar estes profissionais, particularmente, em pequenos municípios da região Norte e Nordeste. Os municípios habilitáveis estão definidos na Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011. A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) foi uma das entidades médicas que aprovou o programa após o Ministério da Saúde ter aceitado incorporar várias exigências para dar garantias de proteção ao médico e ao exercício da medicina nos municípios participantes. Vai também integrar a Comissão de Implantação e Acompanhamento.)
Vereador Dr. Carlão: Gostaria de saber se vai ser oferecida a Fisioterapia Domiciliar?
Secretário Dr. Carlos Otávio: O Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) é uma estratégia do Ministério da Saúde, o município ainda não está habilitado. O Hospital Beneficência Portuguesa solicitou credenciamento, nós mandamos para o ministério e estamos aguardando para habilitar o PAD. Quando isto ocorrer, o município vai oferecer programa de fisioterapia e atendimento como um todo.
Vereador Dr. Carlão: Há possibilidade de um mutirão para atender a fila de consultas?
Secretário Dr. Carlos Otávio: O mutirão é feito quando se identifica que há dificuldade de acesso ao usuário. Nós temos hoje, cinco especialidades nesse gargalo: ginecologia, odontologia, cardiologia, neurologia e reumatologia. Fizemos atualizações na contratualização. Por exemplo, o Hospital de Clínicas de Teresópolis para esse ano de 2013 pulou de 300 para 500 consultas de ginecologia. O mutirão é sempre uma estratégia bem vinda, vamos registrar, discutir com a área técnica, havendo a possibilidade realizaremos um mutirão para zerar novamente a fila de consultas. Sabemos dos gargalos, eles estão todos mapeados na Central de Regulação.
Vereador Dr. Carlão: Vai haver Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)?
Secretário Dr. Carlos Otávio: O serviço Samu é regional. Ele vai ser gerido pelo consórcio CIS-Serra (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Serra). Isso foi compactuado no âmbito Estadual e Federal, vai atender os 16 municípios da Região Serrana. A central de regulação está pronta no município de Petrópolis. Em 90 dias, no máximo, vamos lançar no âmbito do consórcio um edital para contratação de profissionais para o início das atividades do serviço móvel de urgência. Hoje, Teresópolis tem duas ambulâncias básicas que funcionam no Tiro de Guerra para fazer um atendimento mais básico.
Vereador Dr. Carlão: Ampliação da Oncologia.
Secretário Dr. Carlos Otávio: O estado do Rio tem uma rede em oncologia e um dos braços dessa rede está em Teresópolis, que é o Hospital São José (HSJ). Para a Região Serrana, o hospital de oncologia será em Nova Friburgo, como outro braço da rede. Não existe a previsão de ampliar o atendimento na cidade. Mas o HSJ está com um projeto de trazer um atendimento integral em oncologia, não seriam novos atendimentos, seria, por exemplo, trazer a radioterapia para o município.
Vereador Cláudio Mello: Quanto o município gasta com as OSS (Organizações Sociais de Saúde)?
Secretário Dr. Carlos Otávio: O PSF (Programa Saúde da Família) custa R$381 mil – limite máximo a ser pago à atenção básica, havendo a prestação total do serviço. Com a UPA são R$ 801 mil – atenção especialidade. Quando o serviço é prestado por completo, R$1 milhão 182 mil.
Vereador Da Ponte: A UPA precisa de atendimento mais humanitário.
Secretário Dr. Carlos Otávio: Os números demonstram a evolução no atendimento na UPA. O procedimento licitatório para contratação de empresa terceirizada que vai atender as urgências e emergências do município já foi publicado e será realizado. O projeto foi totalmente discutido entre a área técnica. A comissão de acompanhamento vai cobrar que a prestação de serviço seja feita dentro do que está contratualizado. O problema que o contrato foi mal feito com o atual prestador de serviço, mas a gente vem melhorando. Juridicamente eu não tenho como cobrar mais. Vamos trabalhar as qualificações e questões de educação em saúde, mas é de médio a longo prazo. O que a gente pede é que quem for mal atendido procure a ouvidoria.
Vereador Da Ponte: Pessoas dormem na calçada para garantir atendimento no Posto de Saúde na Várzea. Isto tem que acabar.
Secretário Dr. Carlos Otávio: As pessoas que vão de madrugada para a fila devem estar tentando um encaixe de emergência, ou uma marcação dentro de uma especialidade que não está contemplada na central de regulação. Especialidade não precisa ir para a fila. Culturalmente há gente que vai para a fila. Porque o agendamento é todo dia. Hoje, o paciente não tem que ir para a fila de madrugada para ser atendido por especialidade médica.
Vereador Serginho Pimentel: As Unidades Móveis de Saúde vão retornar, principalmente para moradores do interior?
Secretário Dr. Carlos Otávio: Existe a necessidade delas rodaram, mas há proibição do Conselho Regional de Medicina no uso de ônibus para atendimento médico
domingo, 31 de março de 2013
Vereadores sabatinam secretário de saúde deTeresópolis
Comissão de Ecologia e Meio Ambiente visita Santa Rita e Arrieiros
A Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Câmara esteve em Santa Rita e Arrieiros. Os vereadores Dede e Dr. Antônio Francisco percorreram a localidade e constataram vários problemas, entre eles, a falta de recolhimento do lixo, condições precárias da estrada de acesso e dificuldades com o fornecimento de energia. Os vereadores visitaram, também, o Parque Natural Montanhas de Teresópolis.
“Passamos o dia todo conversando com os moradores e com certeza, através de nosso mandato político, vamos tomar as atitudes necessárias para sanar os problemas”, disse o vereador Dr. Antônio Francisco. Para o vereador Dede, é preciso acompanhar o dia a dia da comunidade para saber como agir.
A visita foi o resultado de um encontro entre a Associação de Moradores, produtores e amigos da Fazenda Alpina, Arrieiros, Santa Rita e Holliday com os vereadores Luciano Ferreira (presidente da Comissão), Dede e Dr. Antônio Francisco, além do presidente da Casa, Maurício Lopes.
Outra preocupação dos moradores da região é a falta de entendimento entre desabrigados e governo Estadual em relação ao melhor local para construção das casas populares. “A comunidade está precisando de ajuda. As pessoas não querem sair de seus locais. Lá tem uma área, e já informei aos órgãos públicos, que pode acomodar as casas populares e resolver o problema da comunidade”, sugeriu o presidente da Associação Valdir Paulino Pinheiro da Costa.
Na reunião no Salão Azul da Câmara, o subsecretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, André De Mello, explicou sobre a verba destinada ao plano de reconstrução das áreas atingidas. “O governo do Estado e o Inea estão com uma verba de R$ 160 milhões para o nosso Município. O trabalho vai começar em Campo Grande, Caleme e depois há um outro projeto para todo o Paquequer e um projeto para obras no Rosário e Meudon.”
“A gente chegou a um consenso que se não houver união, nada vai ser feito. A gente está pedindo ajuda aos novos vereadores”, pediu a moradora Maria Idalina Leitão da Cunha. “A gente vai fiscalizar e cobrar para que as ações aconteçam. Precisamos organizar o trabalho para agir”, defendeu o presidente da Câmara, Maurício Lopes, durante a reunião na Casa. O presidente da comissão Luciano Ferreira disse que é preciso analisar até mesmo o caso de pessoas que moravam de aluguel e perderam tudo ou parte dos objetos da casa. “Apesar de não ter casa própria, esse morador também passa por dificuldades para reconstruir a vida”, afirmou o vereador Luciano Ferreira que não pôde ir à visita, porque tinha convenção do partido no Rio de Janeiro.
Comissão de Ecologia e Meio Ambiente: · Luciano Ferreira - presidente
· Eudibelto José Reis - membro
· Dr. Antônio Francisco - relator
Prefeito Arlei e vereadores recebem diretores da CEG Rio
O Prefeito Arlei recebeu em seu gabinete na tarde desta segunda-feira, 25, a diretoria da CEG Rio, empresa de gás natural do Rio de Janeiro. Em pauta, as obras de gás canalizado que vêm sendo realizadas pela companhia na cidade desde o final de 2012.
Acompanharam o encontro os vereadores Maurício Lopes – presidente da Câmara Municipal, Luciano de Vargem Grande, Antonio Francisco, Serginho Pimentel, Dr. Carlão, Dr. Habib, José Carlos Fita, Fábio Branco, Dedê da Barra e Da Ponte. A CEG Rio foi representada por seu presidente, Bruno Armbrust, pelo gerente regional, André Otoni, e pela diretora de comunicação, Fernanda Amaral.
Durante a reunião, que serviu para aprimorar o canal de comunicação entre o poder público e a empresa distribuidora de gás, ficou acertado que será realizada uma reunião no dia 4 de abril, às 14h30, na Câmara Municipal. Na oportunidade, a CEG Rio apresentará todas as etapas do planejamento das obras do gás natural canalizado em Teresópolis.
No início de março, o presidente da Câmara Municipal, vereador Maurício Lopes, pediu a suspensão dos trabalhos da Companhia de Gás em Teresópolis. Segundo Maurício Lopes, após o incidente no dia 27 de fevereiro, quando uma máquina de perfuração atingiu um duto de água e a cidade ficou com o abastecimento interrompido em certas regiões, o número de reclamações contra as obras da CEG aumentou e era necessário interromper os trabalhos até que a empresa comprovasse que está devidamente autorizada para perfurar a cidade. Os vereadores aprovaram e, desde então, as perfurações foram paralisadas
Fotos; Jeferson Hermida
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