terça-feira, 19 de agosto de 2014

Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresópolis exige do Executivo melhores condições de tratamento aos pacientes de hemodiálise

Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresópolis exige do Executivo melhores condições de tratamento aos pacientes de hemodiálise
Reunião  com o Secretário de Saúde nesta terça-feira, dia 19/08

Reunião  com o Secretário de Saúde nesta terça-feira, dia 19/08

Reunião na Câmara Municipal de Teresópolis na segunda-feira, dia 18/08

Reunião na Câmara Municipal de Teresópolis na segunda-feira, dia 18/08

Familiares e pacientes relatam dificuldades em reunião na Casa Legislativa

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresópolis realizou uma reunião, no dia 18.08, com pacientes de hemodiálise e entidades envolvidas na causa por melhores condições de tratamento. Os vereadores Dr. Antônio Francisco (presidente da Comissão), DaPonte (Relator), Dedê da Barra (Membro) e os vereadores Maurício Lopes, presidente da Câmara, e o vereador Serginho Pimentel (2º Secretário) escutaram as principais reivindicações para tentar agilizar e humanizar o tratamento de quem depende da hemodiálise, que está sendo feito no Município de Itaboraí. O vereador Cláudio Mello foi representado pelo assessor Júlio César Rocha.
O evento reuniu familiares e pacientes da Hemodiálise, o subsecretário de Saúde Hamilton Alexander Galdino, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Teresópolis (CMST), Valdir Paulino, o presidente da Associação dos Diabéticos Jarbas da Silveira, o presidente da Associação de Moradores e Amigos de São Pedro (Amaspedro) Sérgio Ponciano, e Antônio Henrique Rosa da Associação Brasileira de Enfermagem.
Os interessados em melhorar urgentemente o atendimento aos pacientes de insuficiência renal crônica ou aguda questionaram por qual motivo o Hospital São José não realiza o socorro aos pacientes do SUS. Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdir Paulino, há documentos comprovando que o HSJ está no Plano Operativo Anual da Prefeitura (POA) para atender pacientes do SUS, mas Paulino e os demais representantes dos pacientes afirmaram que o contrato não está sendo cumprido. ”O HSJ está atendendo somente pacientes de planos de saúde“, afirmou Jarbas Jr, cuja esposa faz o tratamento.
A espera da construção do Centro de Hemodiálise em Teresópolis agrava ainda mais o sofrimento de quem não pode demorar tanto em ser socorrido. Há quase um ano o Centro está em obras, no bairro da Tijuca, mas todos relataram a paralisação parcial e, em alguns momentos, total do trabalho por falta de pagamento à empresa responsável pela obra.
Enquanto a realidade do Centro não se concretiza, a ida ao Município de Itaboraí para realizar a hemodiálise transforma-se numa verdadeira luta pela vida. Pacientes relataram a inadequação do lanche oferecido para a viagem composta de suco, biscoito e barra de cereal. “São 12h fora de casa. A gente levanta de madrugada e fica sem almoço, sem nada”, relatou o paciente Oziel da Silva. Não há ambulância UTI nem profissionais capacitados acompanhando o ônibus utilizado. “Já tive dois amigos que morreram nos meus braços por falta de socorro. E eu estou fazendo o mesmo tratamento. Estão lidando com seres humanos”, disse Oziel num apelo emocionando a todos. Em um ano, já faleceram 21 pacientes.
O subsecretário de Saúde Hamilton Galdino garantiu a continuação da obra do Centro de Hemodiálise, onde há 15 profissionais trabalhando, e cuja conclusão está prevista para meados de outubro. “O processo mais demorado (após o término da obra) é o credenciamento do Município (no Ministério da Saúde)”, disse Galdino.
        A Comissão de Saúde decidiu enviar um Ofício ao Executivo, junto com a Mesa Diretora, para soluções urgentes. O documento aponta “a omissão específica do Município de Teresópolis, o que, além de menosprezar a dignidade das pessoas que necessitam de tratamento médico, podem gerar a responsabilidade civil da Administração Pública e a responsabilidade penal dos gestores públicos.”
        O documento solicita a designação de um hospital de referência para atender as intercorrências sofridas por estes pacientes, a disponibilização de uma ambulância (UTI) móvel para acompanhar os pacientes no trajeto para a Clínica de Hemodiálise em Itaboraí, com o fornecimento da alimentação que atenda às necessidades básicas dos pacientes.
        A Comissão de Saúde e a Mesa Diretora da Câmara Municipal dizem, no documento, que vão adotar as medidas administrativas, judiciais e políticas cabíveis para garantir a boa prestação dos serviços de hemodiálise.

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